Linha Onice, da Incepa, aplicada no piso
Mas como escolher o modelo ideal? Buscando ajudar na hora de reformar, a Incepa – grande marca fabricante de revestimentos cerâmicos e porcelanatos, pertencente à Roca Brasil Cerámica - respondeu as cinco principais perguntas de seus consumidores. Confira:
Revestimento cerâmico ou porcelanato?
Apesar de semelhantes, os dois materiais têm diferenças já em sua fabricação. A cerâmica tradicional une argila e alguns minerais, ao passo que o porcelanato é um misto de porcelana e materiais mais nobres. A temperatura de queima das duas matérias primas também é diferente: mais alta, a queima do porcelanato confere mais resistência mecânica e química à peça, além de baixa porosidade. “Na prática, isso faz do porcelanato uma peça muito resistente ao risco, desgaste e ao ataque químico”, explica Roberto Teixeira, Gerente de Produção e Qualidade da Roca Brasil Cerámica.
Um bom índice para perceber a porosidade de uma peça é a medição de sua absorção de água. Roberto comenta que os porcelanatos são os revestimentos que menos absorvem água de todo mercado, com um índice de menos de 0,5%. Em comparação, revestimentos Grés absorvem de 0,5 a 3%; semi-porosos, por sua vez, de 3 a 6%. Os revestimentos de parede, classificados como porosos, superam 10% de absorção de água.
Qual a diferença entre porcelanato técnico e esmaltado?
Quando falamos do universo de porcelanatos, lembramos sempre dessas duas categorias. Mas o que isso significa? “Porcelanatos técnicos possuem superfície polida ou natural e são pouco porosos”, divide Roberto, que explica que quanto menor o índice de absorção de água, menor a porosidade da peça, fazendo com que ela tenha mais resistência mecânica e à abrasão. “Para se ter uma ideia, porcelanatos técnicos têm um índice de absorção máximo de 0,1%, enquanto o esmaltado tem um índice máximo de 0,5%”, explica. O porcelanato técnico ainda tem uma composição especial, para que a massa porcelânica esteja em sua superfície, conferindo altíssima resistência mecânica, a riscos e abrasão.
Já os porcelanatos esmaltados – como o nome indica – recebem uma camada de esmalte em sua fabricação, conferindo mais brilho à peça, além de um toque acetinado ou áspero. “Isso possibilita desenvolver uma infinidade de cores e decorações na peça”, aponta o técnico. São peças um pouco mais porosas que os porcelanatos técnicos, indicadas para parede e pisos – desde que sejam observadas as indicações de uso, que levam em consideração, por exemplo, a quantidade esperada de pessoas em circulação ou o ambiente ser seco ou molhado. A Incepa possui um portfólio extenso quando se fala de porcelanatos esmaltados – como a linha Onice, inspirada na pedra ônix.
Como escolher o porcelanato certo para cada ambiente?
A escolha de um porcelanato vai muito além da questão estética. Cada ambiente possui uma necessidade específica, que deve ser levada em conta na hora de decorar – como é o caso das áreas molhadas ou que são lavadas com frequência, como banheiros, cozinhas, piscinas e áreas externas. “Nesse caso, o ideal é escolher um produto com maior aderência, muitas vezes com superfícies com relevo e antiderrapante”, aponta Christie Schulka, Marketing Manager da empresa. É o caso da linha Oceanic, específica para piscinas. “É importante se atentar à indicação de uso, sempre existente nas embalagens da Incepa”, complementa.
Linha Oceanic, da Incepa
Para os porcelanatos esmaltados, ainda é preciso levar em conta o PEI, que indica a resistência da peça – PEIs muito baixos são indicados apenas para parede, e os mais altos, para tráfego intenso.
Linha Calacata, Solid e Álamo, da Incepa
É interessante levar em conta, também, a sensação que cada material pode causar. A linha Calacata, por exemplo, traz toda a elegância de um mármore natural, perfeita para livings e cozinhas integradas. Para uma estética mais industrial, por sua vez, uma ideia é apostar na linha Solid, que evoca o cimento queimado. Para as áreas íntimas, os porcelanatos que reproduzem as nuances da madeira são perfeitos para trazer aconchego – como a linha Álamo.
Onde aplicar o porcelanato?
Além da aplicação tradicional como revestimento de piso e parede, o porcelanato pode ganhar protagonismo em outros espaços. “O material é altamente indicado para bancadas e cubas, tanto por sua estética, quanto por sua resistência”, aponta Christie. Isso porque o porcelanato quase não risca e aguenta variação de temperatura – ótimo para bancadas de cozinha, por exemplo. “Pensando na durabilidade, a pouca porosidade do porcelanato evita aquelas manchas que acontecem tão facilmente em outros materiais e dispensa a manutenção que as pedras naturais demandam”, complementa Christie. Com uma grande variação de acabamentos, pode também ser aplicado na fabricação de mobiliários em geral, cabeceiras, estantes e prateleiras.
Como prolongar a vida útil do porcelanato?
Apesar de resistentes, os porcelanatos podem sofrer desgastes com o tempo. Para prolongar sua vida útil, cuidados simples podem ser tomados, como: proteger os pés do mobiliário com carpete ou feltro, para não arranhar; na limpeza, evitar produtos que possuam ácido em sua formulação, optando sempre por detergente neutro diluído em água; evitar contato de produtos abrasivos em superfícies brilhantes; aplicar cera líquida em produtos polidos, para proteger a superfície.